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Zupidanni

Vírus

Atualizado: 2 de abr. de 2020

-Introdução:


1883 - o alemão Adolf Mayer começa a investigar infecções na folha do tabaco, a doença do mosaico do tabaco. Ao analisar mais profundamente, percebeu que ao manter plantas infectadas com plantas sadias, estas eram contagiadas e contraiam a doença. Sem ter um meio de observar esses organismos, a doença ainda era um mistério.


1893 - o russo Dimitri Ivanovski utilizou um filtro de porcelana para passar um macerado de folhas de fumo infectadas para depois pulverizar as plantas sadias. Sabendo a dimensão do filtro, ele teria conhecimento se o agente infeccioso era menor que o por da porcelana ou maior. Descobriu então que o agente causador era menor que todos os poros, que ele definiu como toxina;


1897 - o holandês Martinus Beijerinck eliminou essa hipótese e demostrou que o agente causador era capaz de multiplicação e contagio de planta para planta. Foi atribuído o nome vírus (veneno em latim).


1940 - aperfeiçoamento do microscópio eletrônico, sendo possível então a visualização do vírus.


A partir da introdução histórica, visualizamos a parte biológica viral:


-Quem são?


Os vírus são seres simplórios e pequenos que são formados por uma cápsula proteica envolvendo o material genético; São parasitas obrigatórios: necessitam invadir outro corpo para reprodução.


-Estrutura:


Ácido nucleico: Os vírus são constituídos ou de DNA (adenovírus) ou de RNA (retrovírus). Raramente apresenta os dois.


Capsídeo: Cápsula proteica que envolve o material genético. Pode apresentar diferentes formas, como icosaédrica, helicoidal ou complexa (dentro desse grupo, o mais conhecido é o bacteriófago, vírus infecciosos específicos de bactérias).



Envelope: Alguns vírus apresentam uma camada rica em lipídios, sendo um revestimento externo destes.


-Habitat:


O lugar onde encontramos essas entidades é uma célula parasitada, passando por reprodução e proliferação dentro desta.


Devido ao seu tamanho e considerando o seu modo de reprodução, os vírus podem ser encontrados em todos os ecossistemas.


-Patogenicidades:

  • Caxumba: disseminado pela saliva, causa febre, dor na face e aumento do volume das glândulas salivares. Pode provocar também dor no corpo e na cabeça. Complicações mais graves não são comuns, mas podem ocorrer, como inflamação nos testículos, inflamação nos ovários em mulheres acima de 15 anos, inflamação do pâncreas e meningoencefalite. A prevenção é feita com o uso de vacina, juntamente contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral.

  • Sarampo: a partir da disseminação respiratória, é uma infecção altamente contagiosa, comum em crianças. É caracterizada por febre, tosse, coriza, conjuntivite, enantema na mucosa oral e erupções cutâneas. Como prevenção, é obrigatória as realizações das doses vacinais do tríplice viral.

  • Rubéola: é disseminado pelo meio respiratório por contato íntimo ou pelo ar, consistindo, em geral, em febre, mal-estar, conjuntivite e linfadenopatia; em adultos pode resultar em cefaleia, articulações rígidas, artrite passageira e rinite leve, além dos já citados. A prevenção, é realizada a vacina do tríplice viral.

  • Herpes: Oito tipos de herpes-vírus infectam seres humanos, sendo latentes no hospedeiro por toda vida, podendo ou não se reativarem. Por não conseguirem sobreviver fora deste, a transmissão ocorre por contato íntimo. O tipo simples 1 é transmitido pela saliva ou pelo contato da ferida com a pele; e o herpes simples 2, por relação sexual. O uso de proteção e boa higienização após a relação sexual são essenciais para prevenir-se.

  • Catapora/Varicela: é altamente contagiosa, mas quase sempre sem gravidade. Uma vez exposta à doença, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Apesar disso, o vírus é latente no organismo. A transmissão dá-se pelo contato direto com saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada, ou pelo contato com o líquido do interior das vesículas. Previne-se com a vacina tríplice viral e evitando o contato com pessoas infectadas.

  • HIV/AIDS: AIDS resulta de um dos dois retrovírus similares (HIV-1 e HIV-2) que destroem linfócitos e prejudicam a imunidade mediada por células, aumentando o risco de certas infecções e cânceres. O HIV pode afetar diretamente o cérebro, as gônadas, os rins e o coração, causando comprometimento cognitivo, insuficiência renal e miocardiopatia. Vacinas contra o HIV são complexas pois o vírus é altamente mutável, mas a prevenção pode ser efetivada a partir da educação sexual, não compartilhamento de seringas e triagem de sangue e órgãos.

  • Resfriado: os vírus se instalam nas células da cavidade nasal e da faringe, provocando inflamações, resultando em coriza, espirros, entre outros. Não existe vacina, mas manter os hábitos de higiene diminuem as disseminações.

  • Raiva: é transmitida por saliva de morcegos e mamíferos infectados. Os sintomas incluem depressão e febre, seguidos por agitação, salivação excessiva e hidrofobia. Para evitar a contração, procura-se evitar animais com comportamento estranho. Caso for mordido por um animal infectado, lavar a área cuidadosamente e realizar a vacina antirrábica.

  • Dengue: é comum nas áreas tropicais. Transmitida por mosquitos, causa febre, cefaleia, mialgias, artralgias, linfadenopatia generalizada, sintomas respiratórios, e febre hemorrágica, causando sangramento e choque. Existem vacinas candidatas, mas nenhuma foi mundialmente oficializada. Evitar picadas de mosquitos através de repelentes e telas ainda são a maior prevenção.

  • Poliomielite: contaminação via fecal-oral ou respiratória, seguido por penetração nos tecidos linfoides do trato gastrointestinal, cujas manifestações incluem doença leve e inespecífica (poliomielite abortiva); meningites assépticas sem paralisia (poliomielite não paralítica); e, menos frequentemente, fraqueza flácida de vários grupos musculares (poliomielite paralítica). As crianças devem realizar a vacina contra a poliomielite. Adultos em viagem para áreas de risco devem realizar a vacina também.


-Reprodução:


A reprodução dos vírus ocorre necessariamente no interior de uma célula hospedeira. O processo inicia a partir do reconhecimento químico dos vírus à membrana plasmática da célula hospedeira. Em seguida é permitido a introdução do DNA virótico no interior da célula. Após a penetração, o material genético do vírus passa a comandar as atividades metabólicas em consequência da inativação do comando genético da célula infectada. Para tal incapacidade de reconhecimento, o vírus utiliza de enzimas da própria célula, assumindo o controle das reações funcionais.


-Referências:

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