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Anfíbios

Anfíbios são animais vertebrados que vivem entre o meio aquático e o ambiente terrestre. A palavra anfíbio, de origem grega, significa “vida dupla”, porque esses animais são capazes de viver no ambiente terrestre na fase adulta, mas dependem da água para a reprodução e sobrevivência.


-Características gerais:

Os anfíbios vivem em água doce, entretanto há duas exceções: a rã comedora de caranguejos, que vive em ambiente marinho, e a rã-aguadeira, do Deserto Australiano. As principais características são:

  • Patas bem definidas.

  • Respiração Pulmonar e cutânea

  • Pele permeável;

  • Coração, com dois átrios e um ventrículo, aumentando a eficiência de transporte de sangue;

  • Tímpano, uma membrana que vibra com o som e remete estímulos para as estruturas nervosas do ouvido;

  • Pálpebras que protegem os olhos e realizam sua limpeza;

-Sistema esquelético:

São tetrápodes e seus esqueletos são divididos entre axial (crânio e coluna vertebral) e apendicular (ossos dos membros e ossos que ligam os membros à coluna vertebral.


-Sistema digestório e excretor:

Alimento percorre o esôfago e chega ao estômago, onde a digestão tem início. A massa alimentar passa pelo intestino delgado, onde desembocam canais com bile produzida pelo fígado e enzimas produzidas no pâncreas. Assim, a digestão está completa. A formação de fezes acontece no intestino grosso, que se abre na cloaca, de onde as fezes são expelidas.


-Respiração:

Na fase larval (girinos), esses animais respiram por brânquias. Quando adultos, vivem no ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar. Entretanto, a respiração pulmonar é pouco eficiente, pois seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para as trocas gasosas. Assim, também é essencial a respiração cutânea, ou seja, trocas gasosas com o meio ambiente através da pele. É preciso que a pele esteja úmida. Caso o contrário, forma-se uma superfície nela que impede que as trocas gasosas ocorram. A pele dos anfíbios é bem vascularizada e as paredes finas das células superficiais da desta permitem a passagem do oxigênio para o sangue.


-Sistema circulatório:

O coração dos anfíbios é dividido em três cavidades: dois átrios ou aurículas e um ventrículo. Eles têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos) e dupla. A circulação neste grupo de animais é do tipo  incompleta, pois ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em oxigênio).


-Reprodução:

Eles precisam de ambientes úmidos para se reproduzir. O acasalamento da maioria dos anfíbios acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do ritual “pré-nupcial”. A fêmea no seu período fértil, é atraída pelo parceiro sexual por meio do seu canto e do seu coaxar. A fêmea com o corpo cheio de óvulos é agarrada pelo macho com um forte “abraço”. Esse “abraço” pode levar dias, até que a fêmea lance os seus gametas (isto é, os seus óvulos) na água. Então o macho também lança os seus espermatozoides, que fecundam os óvulos, cujo desenvolvimento ocorre na água. O sapo, a rã e a perereca realizam fecundação externa. A salamandra e a cobra-cega realizam fecundação interna. Nos numerosos ovos protegidos por uma grossa camada de substâncias gelatinosa, que geralmente se prendem às plantas aquáticas, as células vão se dividindo e formando embriões. Os ovos fecundados eclodem e as larvas denominadas girinos, vivem e crescem na água até realizarem a metamorfose para a vida adulta. Através do processo de metamorfose, o girino se transforma em adulto: desaparecem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões. E surgem também as patas no corpo do animal.

-Grupos:


1. Anura: Anfíbios desprovidos de cauda.

Exemplos: sapos, rãs e pererecas.

2. Caudata: apresentam longa caudas.

Exemplo: salamandras

3. Apoda: sem membros.

Exemplo: cecílias.


-Referências:

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