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Atividades sobre Reino Protoctista

Atualizado: 12 de abr. de 2020

Atividade 1:

a) Como são classificados os Protoctistas? O reino Protoctista é dividido em algas e protozoários, esses por sua vez são divididos, respectivamente, de acordo com as imagens abaixo:




b) Qual a provável origem dos protoctistas e quais as características desses grupos nos quais são divididos? Os protozoários formam um grupo de organismos diversificados e heterogêneos, que provavelmente tem ancestralidade das algas unicelulares. No grupo de flagelados, essa origem é mais clara. Existem fósseis de protozoários com carapaças que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos (Era Proterozoica). Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as chamadas vasas. A divisão dos grupos de divisão do Reino Protista está na questão acima.


Atividade 2:


Protozooses


-Malária:

Entre os protozoários apicomplexos, o gênero Plasmodium (plasmódio) é um dos mais conhecidos por causar a malária. Há quatro espécies do gênero Plasmodium que causam malária, todas transmitidas pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles (anófeles), que são hematófagas.

Os protozoários Plasmodium malariae e Plasmodium ovale são responsáveis por uma forma branda da doença; Plasmodium falciparum causa a forma mais grave de malária; Plasmodium vivax causa uma forma de malária de gravidade intermediária. Dentre essas quatro espécies, Plasmodium ovale é a única que não ocorre no Brasil.

Na picada de uma fêmea do mosquito Anopheles sp. Contaminada, elas injetam uma secreção salivar anticoagulante, que pode conter as formas infestantes do plasmódio, chamadas esporozoítos. Parte dos esporozoítos penetra nas células hepáticas, onde se multiplicam de modo assexuado, enquanto outra parte penetra nas hemácias. Em cada célula hepática infectada podem surgir, dependendo da espécie, entre 2 mil e 40 mil novos protozoários. Nas infecções por Plasmodium falciparum, os parasitas permanecem no fígado menos tempo que os das outras espécies de plasmódio. Entre 6 a 16 dias após a infecção inicial, as células hepáticas infectadas liberam no sangue os novos parasitas, agora em um estágio chamado merozoíto. Cada merozoíto que penetra em uma hemácia do sangue pode originar, assexuadamente, entre 8 e 24 novos merozoítos. As hemácias infectadas se rompem e liberam na corrente sanguínea novos merozoítos, que invadem hemácias sadias, repetindo o ciclo. A cada 48 horas, no caso de P. vivax e P. falciparum, ou 72 horas, para P. malariae, novas gerações de merozoítos são liberadas pela ruptura sincrônica das hemácias infectadas. A liberação dos parasitas causa febres e calafrios.

Os picos de febre alta, entre 39°C e 40°C, coincidem com a ruptura das hemácias infectadas e a consequente liberação dos merozoítos no plasma. Em algumas hemácias, os merozoítos crescem e transformam-se em formas sexuadas, os chamados gametócitos masculinos e gametócitos femininos. Ao sugar o sangue de uma pessoa infectada, o mosquito transmissor pode ingerir hemácias contendo gametócitos, que amadurecem no estômago do inseto, formando gametas masculinos e femininos. A união desses gametas dá origem a zigoto(s), que se instalam na parede estomacal do inseto. Cada zigoto origina milhares de esporozoítos; estes são liberados nas cavidades corporais do inseto e migram para suas glândulas salivares, de onde podem ser transmitidos para pessoas saudáveis.

Para tratar a doença, além do quinino e de seus derivados utilizados tradicionalmente, novas drogas terapêuticas têm sido usadas com sucesso no tratamento da malária. Drogas antimaláricas devem ser ingeridas preventivamente, sob orientação médica. A principal medida de prevenção da malária consiste em combater a proliferação do mosquito transmissor e impedir sua picada.


-Doença de Chagas:

A doença de Chagas, também chamada tripanossomíase americana, é causada pelo flagelado Trypanosoma cruzi, o tripanossomo. Foi o médico brasileiro Carlos Chagas quem descobriu o parasita e descreveu seu ciclo de vida e o modo de transmissão.

O tripanossomo é transmitido por insetos popularmente chamados de “barbeiros” ou “chupanças”, sendo a espécie transmissora mais comum o Triatoma infestans. A doença geralmente é adquirida pelo contato das mucosas (dos olhos, do nariz e da boca) ou de feridas na pele com fezes do inseto portador do parasita. Uma forma aguda da doença pode ocorrer pela ingestão de alimentos contaminados com as fezes do portador. Transplantes de órgãos e transfusões de sangue de doadores infectados são outras vias de transmissão da doença de Chagas.

O barbeiro adquire tripanossomos ao sugar sangue de pessoas ou de animais, como cães, gatos, roedores e diversos animais silvestres, contaminados com o protozoário. Os barbeiros alimentam-se de noite e, depois de picar uma pessoa, geralmente no rosto, o inseto defeca; se contaminado, os tripanossomos podem penetrar através do ferimento da picada, quando a pessoa coça o local, atingindo a circulação sanguínea.

Nos primeiros estágios da doença, os principais sintomas são cansaço, febre, aumento do fígado ou do baço e inchaço dos linfonodos. Depois de 2 a 4 meses os sintomas desaparecem. Somente 10 a 20 anos após a infecção é que começam a aparecer os sintomas mais graves; os protozoários instalam-se preferencialmente no músculo cardíaco e causam lesões que prejudicam o funcionamento do coração, o que leva à insuficiência cardíaca crônica.

A partir de 1960 têm sido desenvolvidas drogas terapêuticas capazes de matar e destruir o Trypanosoma cruzi, principalmente no período inicial da doença. Entretanto, as lesões do coração e dos outros órgãos são irreversíveis. A primeira maneira de evitar o protozoário é, evidentemente, evitar a picada do barbeiro. A construção de casas de alvenaria, sem esconderijos para o barbeiro, ajuda a combater a doença de Chagas. Outra medida é a instalação de cortinados de filó sobre as camas e de telas de proteção em portas e janelas.


-Leishmaniose:

Leishmaniose é a denominação genérica da infecção causada por protozoários flagelados denominados leishmânias. Existe a leishmaniose visceral e tegumentar. A leishmaniose visceral (ou calazar) é causada principalmente, pela Leishmania chagasi, que ataca o baço e o fígado. Febre contínua, perda de apetite, inchaço do fígado e do baço, lesões na pele e anemia são alguns dos sintomas da doença que, em certos casos, pode levar à morte. A parasitose é transmitida pela picada do mosquito Lutzomyia longipalpis, conhecido popularmente como mosquito-palha, ou maruim.

A leishmaniose tegumentar (ou úlcera de bauru) é uma doença parasitária de pele e mucosas causada pela Leishmania brasiliensis. Na pele, a doença manifesta-se pela formação de feridas ulcerosas, com bordas elevadas e fundo granuloso. Nas mucosas (cavidade nasal, faringe ou laringe), a leishmaniose destrói tecidos e, em casos graves, pode perfurar o septo nasal e produzir lesões deformantes. A transmissão da leishmaniose tegumentar ocorre pela picada de mosquitos do gênero Lutzomyia.

As principais medidas de prevenção da leishmaniose são evitar a proliferação do mosquito transmissor e impedir sua picada. O combate ao mosquito pode ser feito pelo aterro de lagoas e poças de água que servem de criadouro e também pela aplicação de inseticidas sobre as áreas atingidas pela doença.


-Amebíase:

A amebíase, ou disenteria amebiana, é causada pelo rizópode parasita Entamoeba histolytica (entameba). Adquire-se essa parasitose ao ingerir cistos de entameba presentes na água ou em alimentos contaminados com fezes de pessoas doentes. O cisto é uma bolsa de parede rígida repleta de amebas jovens, capazes de infectar um novo hospedeiro. No intestino, a parede do cisto se rompe, libertando as amebas, que invadem tecidos da parede intestinal, onde passam a se alimentar de sangue e de células do hospedeiro. Esses locais podem inflamar-se e romper-se, liberando sangue, muco e milhares de amebas, muitas já na forma de cistos.

Apenas uma em cada dez pessoas infectadas por Entamoeba histolytica apresenta sintomas da doença. Estes são geralmente brandos, como diarreias e dor de estômago; em casos mais graves, ocorrem diarreias com sangue e a pessoa pode tornar-se anêmica. A amebíase leva, frequentemente, ao desenvolvimento de infecções secundárias bacterianas no intestino.

Atualmente há medicamentos eficazes contra a amebíase; e o jeito de descobrir se a pessoa adquiriu a doença é através de exame microscópico das fezes do doente. Entre as formas de prevenção destaca-se a construção de instalações sanitárias adequadas, como privadas, esgotos e fossas sépticas, que impeçam a contaminação da água e de alimentos por fezes com cistos de ameba. A água, caso não seja tratada, deve ser fervida antes de ser usada para beber ou para lavar alimentos consumidos crus.


Atividade 3:


1. Escolha uma doença a seguir e descreva seu causador, seus sintomas, seu ciclo de vida:


-Doença escolhida: Tricomoníase


Tricomoníase é uma infecção que afeta a região vaginal interior feminina e a região genital masculina. É causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, podendo ser assintomática ou causar sintomas como uretrite e vaginite e, ocasionalmente, cistite, epididimite e prostatite. Por ser considerada uma doença assintomática, cerca de 70% dos casos não apresentam nenhum tipo de sintoma.

Esse protozoário flagelado é transmitido via relação sexual com alguma pessoa contaminada e infecta o epitélio do trato genital. Ele possui quatro flagelos e uma membrana ondulante que facilitam a sua movimentação. Tem de 10 µm a 30 µm de comprimento por 5 µm a 12 µm de largura e tem forma alongada ou ovoide. É anaeróbico utilizando glicose, maltose e galactose como fontes de energia. Precisa que o hospedeiro sintetize moléculas essenciais, como nucleotídeos, ácidos graxos, aminoácidos. A presença de ferro é importante para sua sobrevivência e cresce bem em pH entre 5 e 7,5. O protozoário não possui mitocôndrias. Contém hidrogenossomos (envolvidos no metabolismo de carboidratos). Hidrogenases transformam piruvato em acetato e liberam ATP e H2.

Frequentemente as mulheres não desenvolvem sintomas, porém, quando ocorre, acontece um corrimento vaginal abundante claro ou de aspecto purulento, espumoso e com odor. O corrimento é associado à irritação da vulva e inflamação e, em alguns casos, pode ocasionar dor pélvica e dificuldade para urinar. Podem também ocorrer pontos hemorrágicos e edemas no colo do útero e na vagina. É comum, lesões nas tubas uterinas que, em alguns casos, causam a infertilidade.

Nos homens, a infecção por Trichomonas vaginalis é, na maioria das vezes, assintomática. Contudo, sintomas como uretrite não gonocócica e fisgadas na uretra podem aparecer. Podem ainda surgir a prostatite, epididimite, além de infertilidade. O protozoário pode viver por mais de uma semana na região do prepúcio do homem.

O tratamento normalmente é feito com medicamentos como, por exemplo, o metronidazol, secnidazol e tinidazol. Vale destacar que a abstinência sexual nesse período deve ser realizada. Sendo uma doença sexualmente transmissível, sua prevenção deve ser realizada por meio da utilização de preservativos em todas as relações sexuais. O preservativo, além de proteger contra a tricomoníase, protege contra outras DSTs.

O protozoário habita o baixo trato genital feminino e a uretra e a próstata masculina, onde o protozoário se multiplica por fissão binária e gera colônias. No ambiente externo ao corpo do indivíduo, ele não é capaz de sobreviver. A transmissão acontece apenas entre humanos, que são seus hospedeiros naturais. Em casos raros, a doença pode ser transmitida através do contato com o parasita em banheiros públicos ou compartilhando objetos pessoais como calcinhas, cuecas, toalhas etc.

É anaeróbico utilizando glicose, maltose e galactose como fontes de energia. Precisa que o hospedeiro sintetize moléculas essenciais, como nucleotídeos, ácidos graxos, aminoácidos. A presença de ferro é importante para sua sobrevivência e cresce bem em pH entre 5 e 7,5. O protozoário não possui mitocôndrias. Contém hidrogenossomos (envolvidos no metabolismo de carboidratos). Hidrogenases transformam piruvato em acetato e liberam ATP e H2.

2. O que são marés vermelhas, onde acontecem, porque acontecem, quem causa as marés vermelhas. 

R: Marés vermelhas ou mares de sangue é um fenômeno que é consequência da excessiva proliferação da população de certas algas tóxicas (principalmente as dinoflageladas Gonyaulax catenella). A coloração da água na superfície do mar pode variar desde amarelo, laranja , vermelho ou até marrom. As causas desse acontecimento são: alteração na salinidade, oscilação térmica da água e excesso de sais minerais decorrentes do escoamento de esgoto doméstico nas regiões de estuário, alterando as condições abióticas da zona pelágica, consequentemente afetando o comportamento das espécies planctônicas. Assim, temos como consequência um efeito catastrófico na fauna aquática local, pela liberação de substâncias tóxicas em alta concentração que são capazes de envenenar a água e os organismos ali viventes, como a morte em larga escala de peixes e moluscos (principalmente dos organismos filtradores). Tal fenômeno no Brasil ocorre principalmente nos estados de Goiás, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Já no mundo temos a ocorrência em países como África do Sul, Canadá, Japão, Estados Unidos e Chile.


3. O sistema de seis reinos proposto por Woese (1977) e modificado por Schwrtz e Margulies reúne algas e protozoários no reino Protoctista.  (Amabis & Martho. Biologia dos Organismos. Página 85 a 108). Sobre ele, assinale com (V) para verdadeiro ou (F) para falso:

( V ) Protozoários são unicelulares e heterotróficos. .

( F ) Todas as algas são pluricelulares e autotróficas.  ( F ) O Reino Protoctista é monofilético, pois seus representantes apresentam apenas um ancestral comum a todos eles. *Justificativa: seus representantes (algas e protozoários) possuem ancestralidades distintas ( V ) As algas multicelulares também podem ser chamadas de talófitas, pelo fato de seus corpos serem formados por talos.  ( V ) A amebíase, leishmaniose, malária e doença de Chagas são causadas por protozoários parasitas. *Justificativa: as doenças ocorrem ao organismo parasitado pelos protozoários

4. Complete as questões a seguir: A) A leishmaniose é causada pela Leishmania chagasi e é transmitida pela picada do Mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis). B) A doença de Chagas é causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi transmitida pelo barbeiro (Triatoma infestans), quando este está infectado e suas fezes entram em contato com as musosas ou feridas na pele. C) A malária pode ser causada pelo Plasmodium vivaxP. malariaeP. ovale, dentre outros, e é transmitida pelo mosquito do gênero Anopheles.  D) A amebíase é causada pela Entamoeba histolytica, quando a pessoa ingere seus cistos. Seus cistos estão na água e em alimentos contaminados. E uma das medidas profiláticas é a construção de instalações sanitárias adequadas. E) A doença do sono é causada pelo Trypanosoma gambiensis ou pelo T. rhodesiense, sendo transmitida pela picada da mosca Tsé-tsé (Glossina palpalis). 

5. Sobre os protozoários parasitas que habitam o intestino humano, eles nutrem-se de resíduos alimentares e são eliminados para fora do organismo para a continuidade do seu ciclo biológico, assinale a alternativa INCORRETA. ( A ) A transmissão ao homem ocorre por ingestão de cistos desses protozoários contidos em alimentos ou água contaminada. ( B ) A forma biológica encontrada dentro do intestino humano é a cística, que é a forma de resistência. ( C ) A multiplicação desses parasitas é assexuada, por divisão binária. ( D ) Higiene pessoal e defecação em locais apropriados são medidas para evitar o contato com esses parasitas. ( E ) Um dos sintomas da infecção por esses parasitas é a diarreia.

R: A letra B é a opção a ser marcada, porque está incorreta já que dentro do intestino humano a forma biológica é a de larva.

-Referências:

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