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Equinodermos

São animais triblásticos, celomados e deuterostômios, de vida livre e isolados, tendo poucas espécies sésseis, e exclusivamente marinhos. Seu corpo é organizado, normalmente, em cinco partes simétricas, sendo que, durante a fase larval, apresentam simetria bilateral e na fase adulta, a simetria é radial. São dotados de um endoesqueleto e algumas espécies ainda apresentam espinhos na superfície do corpo. O sistema aquífero, ou ambulacrário, desempenha funções de fixação, captura de alimentos e excreção. Consiste em canais cheios de água, que penetram no corpo por uma placa perfurada denominada madreporito, e se comunicam com os pés ambulacrais, presentes na superfície do corpo. Através destes, projeções do sistema ambulacrário, é realizada a locomoção. Com ausência ou presença de ventosas, são compostos por paredes musculares e ampolas que acumulam líquido. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes enrijecem, quando a pressão diminui, eles amolecem, permitindo o deslocamento.

Os equinodermos apresentam sistema digestório completo com boca, esôfago, intestino e ânus. O estômago é encontrado apenas em equinodermos carnívoros. A maioria das espécies alimentam-se de algas marinhas. Para isso, contam com a lanterna de Aristóteles, que consiste em um aparelho bucal que raspa o alimento. As espécies carnívoras, como a estrela-do-mar, alimentam-se de pequenos animais. Nesse caso, a digestão é extracelular. A estrela-do-mar projeta o seu estômago e enzimas digestivas sobre o alimento, que começa a ser digerido. Somente depois, ele é conduzido para o interior do seu corpo, de modo a finalizar a digestão.

A reprodução destes animais é sexuada, com participação de gametas. São dioicos e a fecundação é externa. Possuem desenvolvimento indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens com forma própria. Ao perder um pedaço de seu corpo, os equinodermos realizam a regeneração, conferindo-lhes vantagem, que, em iminência de perigo, acaba “deixando” uma parte de seu corpo como distração para fugir ou esconder-se.


-Estes animais podem ser classificados em cinco classes:


1. Asteroides (Estrela do mar): geralmente, possuem cinco braços dispostos como raios, mas algumas espécies chegam a ter quarenta. São habitantes de costas marinhas, praias e rochas e são carnívoras e necrófagos. Em contato com o substrato, os braços são formados por duas fileiras de pés ambulacrários, permitindo a movimentação e fixação. Na extremidade de cada braço se encontram olhos rudimentares, que permitem localizar suas presas, como anelídeos, crustáceos e ostras. As estrelas do mar podem regenerar-se, ou ainda formar uma nova estrela do mar.


2. Ofiuroides (Serpente do mar): a serpente do mar, por exemplo, tem a boca na parte inferior, que fica em contato com o substrato, enquanto o ânus se localiza na face oposta. Seu alimento é constituído por moluscos, pequenos crustáceos e detritos sedimentares do fundo do mar. São animais noturnos que, durante o dia, se enterram no substrato ou se escondem sob pedras ou plantas. Semelhantes às estrelas-do-mar, seus braços são mais longos, esguios e articulados, e partem do disco central. São raspadores e necrófagos.


3. Crinoides (Lírio do mar): possuem uma base fixa a um substrato, de onde saem cinco braços ramificados e brilhantes, semelhando-os a plantas. Têm uma superfície oral voltada para cima e alimentam-se de plânctons e detritos que caem em seus braços, estes cobertos por prolongamentos capazes de levar as partículas até a sua boca. Vivem em locais mais profundos, inclusive na região abissal.


4. Holoturoides (Pepino do mar): dotados por um corpo cilíndrico e de minúsculas placas desunidas que lhe dão uma consistência mole, a maioria tem entre 5 e 30 cm, mas algumas espécies podem chegar a dois metros de comprimento. Quando atacado, pode eliminar parte de suas vísceras, como o intestino e as gônadas. A distração permite a fuga do pepino do mar, que depois de um tempo tem suas partes regeneradas. Como possui tentáculos ao redor da boca, esses animais não têm tantos ossos como outras espécies do mesmo filo, o que dificulta sua locomoção e os obriga a ficarem presos no substrato ou enterrados. São comensais e parasitas de algumas espécies de anelídeos, caranguejos e peixes.


5. Equinoides (Ouriço do mar e bolacha da praia): apresenta corpo oval recoberto por espinhos grandes, venenosos e móveis, que são usados para seu deslocamento; e simetria radial, podendo ser bilateral na fase larval. O ouriço do mar utiliza a lanterna de Aristóteles para raspar as rochas em busca de algas e partículas orgânicas, formando fendas onde esses animais se alojam. Apesar dos espinhos, é presa de diversos animais e possuem menor capacidade de regeneração.

Já a bolacha do mar possui o corpo achatado, em forma de disco, apresentando na região dorsal o desenho de uma estrela. Esse animal enterra-se superficialmente na areia, onde obtém alimento constituído por partículas orgânicas.


-Referências:

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